Meu interesse pelo assunto surgiu depois de uma viagem a trabalho no estado do Rio Grande do Sul onde eu, como fotógrafa e desenhista cartográfica do projeto “Atlas Literário das Regiões Brasileiras”, um historiador e a geógrafa responsável entrevistamos o professor Augusto Fischer e os escritores Pozenato e Luis Antonio de Assis Brasil. Percorremos as regiões das chamadas Colônias (imigrantes alemães e italianos), a região das antigas missões jesuíticas e depois a área do sul do estado, o pampa gaúcho. O que mais me fascinou foi o conhecimento dos gaúchos sobre sua história, pois, quando ao alugarmos um carro, o motorista, um rapaz de vinte e poucos anos foi nos contado ao longo do percurso toda a história da colonização do estado. Fiquei curiosa e perguntei se ele havia feito um curso da guia turístico ou se tivera orientações pela própria locadora de automóveis para melhor receber os turistas, a exemplo daqueles meninos do nordeste que nos "guiam" por Natal e Fortaleza, e ele me respondeu que apenas havia lido pela escola alguns romances de escritores “regionais” (desculpem a pecha – escritores detestam serem chamados assim). Fiquei encantada! Como leitora amadora, vi ali um caminho de aproximar as pessoas da História. Comecei a pesquisar por conta própria romances gaúchos desde José de Alencar com o Gaúcho até Assis Brasil com todos os seus livros, mais “muitos alguns” livros de crítica literária e, a História da colonização, desde os primeiros historiadores, Varnhagen, Capistrano, Aurélio Porto, até os mais atuais como Boris Fausto; documentos, fotos e óbviamente, mapas.
A partir desta pesquisa passei a procurar “fatos” históricos em livros acadêmicos (na minha opinião, geralmente chatos), como por exemplo, a independência do Brasil e os romances escritos onde o período era retratado “ficcionalmente”. Gastei e gasto "uma baba" em livros porque quando você está apaixonada, não vê custo, vê prazer.
Fui à Flip só para ouvir Assis Brasil e também participei como “penetra” de palestras com historiadores da Fundação Getúlio Vargas. Fiquei decepcionada...
Na Flip perguntei para Assis Brasil quais foram suas fontes primárias para escrever seus magníficos romances históricos - sou sua fã. Sua resposta seria importante para que eu pudesse começar o estudo sobre a História do Rio Grande. E ele respondeu: _ Eu já conheço bastante bem a História do Rio Grande!
Deus do céu! O que faz um artista se colocar em um trono celestial e supremo da criação artística?
Na FGV, vi os melhores historiadores - DOUTORES, as mentes geniais que admiro e leio, em uma guerra de egos entre História X Sociologia/Antropologia , que me fez sair da sala e achar que perdi meu tempo e dinheiro, porque faltei ao trabalho!
O que vejo e leio agora, me fez perceber que, entre o lugar do “pedestal” da verdade dos historiadores e o trono “supremo” dos escritores, encontramos... os JORNALISTAS!
Amigos: enquanto vocês brigam pelo podium, eles, os jornalistas, estão fazendo um trabalho melhor que todos vocês porque estão no melhor lugar do mundo: a mente do leitor!
Li “ O inimigo do rei” – jornalista;
Li “
Li “O Coração do rei” – jornalista;
“ Olga” – jornalista;
“
Jornalistas, jornalistas e mais jornalistas...
Viva Sandra Jatahy Pesavento@ História & Literatura!